domingo, 2 de janeiro de 2011

Dia 02/01/2011 - Depois do inferno, enfim "La Paz" (entramos na Bolívia).

Olhei no relógio, 03:30 h da madrugada, eu estava em silêncio porém sem dormir, foi aí que o André falou comigo e descobri que ele também não tinha dormido. No pouco que conseguí, tive uns pesadelos, ôh lugar impregnado este, de sujeira e energia ruim!

Lembramos que a mulher lá do estacionamento nos disse que abriria às 5 da manhã, assim ficamos conversando uma meia hora, levantamos às 4 e começamos a nos arrumar, queríamos sair dali o mais depressa possível.
Foi aí que, observando melhor deu para ver que o edredom da minha cama tinha manchas de todo tipo de
secreção humana!
O assoalho do quarto tinha uma camada de terra, concluí que não era varrido há anos.
Um pouco antes das 5 estávamos nos dois lá na "recepção" do hotel tentando sair, mas não havia ninguém lá e a porta estava trancada com um cadeado.  Eu subi umas escadas procurando por alguém, voltei sem encontrar, como subi e desci chamando, depois de algum tempo apareceu um senhor, já pagamos logo e fomos para o outro lado da rua. O portão do estacionamento estava fechado, uns cachorros vinham no portão e latiam, mas ninguém apareceu.  Imaginem o quanto nós dois estávamos putos, naquele frio, ali sem saber quando alguém ia nos atender. Ficamos uma meia hora ou mais, eu cheguei a tocar uma campainha num portão ao lado (achando que fazia parte) aí apareceu um homem de pijama meio dormindo ainda, ficou bravo que eu o acordei, e com razão.
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Começamos a pedir ajuda aos que passavam, perguntávamos se sabiam a que horas abria, só que era um
domingo, feriado de fim de ano...   Até que paramos um táxi, explicamos a situação e ele começou a buzinar no portão.  Depois de algum tempo lhe agradecemos e ele foi embora, porém deu certo, a senhora do estacionamento apareceu e abriu o portão.
Porém havia um carro parado fechando a saída das motos, eu espumava, mas por sorte o André mais calmo, viu que com algumas manobras dava para passar as motos entre os carros.  Pagamos os três Soles cada um e cruzamos a rua, parando em frente ao hotel.

Nossa bagagem estava toda arrumada, foi só prender nas motos, não me lembro exatamente, mas deviam ser umas 06:30 h da manhã, nós decidimos que nem café iriamos sequer procurar, queríamos sair daquela cidade o mais rápido possível.
Estávamos terminando de arrumar as bagagens, quando a senhora do estacionamento veio ao nosso encontro, pois havíamos lhe dado pesos chilenos no pagamento. Como não tínhamos o valor exato em moedas, lhe demos cinco soles no lugar da moeda errada, quando já havia esquecido o episódio e estávamos quase saindo, ela apareceu de novo com o troco.

Subimos a rua do hotel em direção à ruta 3S, que passa pelo alto da cidade, na minha ansiedade acabei sem ver, atravessando a mesma e indo parar em um bairro lá em cima, foi aí que o André percebeu onde eu tinha errado, pois eu estava na frente, e voltamos. Saímos da cidade literalmente sem olhar para trás, adeus Puno! Adeus Uros! Até nunca mais! Eu gritei.

Pegamos a ruta e logo estávamos saindo da cidade, passando pelo lugar onde havíamos encontrado os guardas no dia 27/12. Vimos um posto aberto, paramos para abastecer, fazia muito frio, o céu estava cinzento escuro. Enchemos os tanques, um rapaz com uma moto parecida com uma Tornado, só que era xing-ling, sem capacete, porém com um cachecol enrolado no pescoço e na cabeça, terminou de abastecer e saiu para a estrada, que coragem, eu pensei.



Contornando o sul do Titicaca, adeus Puno!
O ar estava úmido e logo começou uma fina garoa, a estrada vai margeando o lago (que é imenso) e por isto
sabíamos que, enquanto a ruta 3S sentido sul, se mantivesse próxima ao lago, a umidade e o frio seriam nossos companheiros.
Logo ultrapassamos aquela moto, seu piloto ia "duro" em cima da moto, que frio devia estar passando!
O trecho sul do lago tem muitos vilarejos, por sorte era cedo e naquela fria manhã de domingo não havia
praticamente ninguém na estrada, aqui e ali víamos algumas pessoas do lado de fora das casas. O lugar parece densamente povoado (para os padrões Andinos) devido justamente à umidade que torna aquela altitude verde, muitas plantações e pastos. Novamente cruzamos com um caminhão acidentado, que caiu da pista, pois a estreita estrada passa a uns 2 ou 3 metros acima dos campos.
A estrada ia serpenteando e nós procurávamos lá no horizonte longínquo, alguma pontinha de sol. Em um dado momento, ele até apareceu por detrás das nuvens, mas sem que o céu abrisse. O André apontou para o céu e mostrava dois dedos para mim, até hoje não entendi o que ele quis dizer.
Quando a estrada passa por Acora e aponta na direção da cidade de Llave, se afasta um pouco do lago, passamos pela cidade que não é pequena, e atravessamos uma ponte metálica sobre o rio llave. Dali só voltamos a ver o lago na cidade de Juli, aí estrada margeia novamente o lago e quando passa por Pomata volta a se afastar. Então, só fomos ver o Titicaca novamente em Desaguadero, a cidade que faz fronteira com a Bolívia.


O dia começou muito frio, aqui começamos a nos afastar to lago
Este trecho de Puno até Desaguadero é de apenas 140 km, por isto, mesmo andando devagar eram umas 8 e meia ou 9 horas quando chegamos lá, o sol já tinha aparecido, passamos por fora da cidade, mas pudemos observar postos de combustível fechados.
Numa rotatória, havia a indicação do posto de fronteira, quando paramos lá estava tudo fechado, havia uns
caminhões parados, aí nos informaram que era só para caminhões mesmo, a aduana ficava dentro da cidade.
Voltamos e entramos na cidade, havíamos combinado que lá iriamos procurar algo para comer, pois não
tomamos café fugindo de Puno. Só que ao entrar na cidade um odor de esgoto estava presente em todos os
lugares, eu desistí do café, o André também.

O posto de imigração peruano

Paramos as motos do outro lado da rua, o sol agora apareceu e estava queimando
A cidade é suja e feia, na realidade são duas cidades, Desaguadero no Peru e Desaguadero na Bolívia do outro lado da pequena ponte. Para nossa "falta de sorte", havia um ônibus parado bem em frente da imigração peruana, uma bela fila, paramos as motos e o sol estava ardendo mesmo, porém nada de sombra.  Estávamos ali parados olhando a fila quando chegou uma Shadow preta, era aquele casal pelo qual passamos antes de Juliaca no dia anterior,  eles eram de Santa Catarina. Como já fazíamos, um ficava olhando as motos e o outro ia ver os trâmites, assim eu fiquei lá enquanto eles foram, pois havíamos estacionado as motos em frente a uma casa de câmbio. Depois que eles passaram pela imigração e fizeram câmbio, foi minha vez, e foi tranquilo.


A pequena ponte que faz a divisa
Não me lembro os nomes deles, mas estavam com problemas, a Shadow tem baixa autonomia e eles precisavam de gasolina, só que os postos estavam todos fechados. Nossas DR tinham combustível para chegar a La Paz.
Bem, quando achávamos que estava tudo ok, fomos atravessar a ponte (que é pequena) aí um senhor veio, esticou uma corda na nossa frente e disse:  Tem que pagar 5 Soles.    Fiquei puto, não tínhamos mais dinheiro peruano, trocamos tudo, até as moedas!  Nisso um outro senhor de uniforme preto nos disse, vocês tem fazer a aduana!

Pois não é que tínhamos esquecido, fizemos a imigração e esquecemos da aduana, além disto tínhamos que tirar fotocópia de um documento. Encostamos as motos novamente, o sol ardia muito forte mesmo. O André me disse, deixa que eu troco dinheiro.  Na aduana fomos bem atendidos, mas tivemos que ir lá na rua de trás tirar a tal xerox, cada um do seu documento. Eu estava suando dentro da roupa, aqui é assim, ou você torra ou congela.

Finalmente atravessamos a tal ponte que passa sobre um canal que é um vertedouro do lago, não sei se o odor de esgoto vinha dali.  Na saída da ponte a rua se divide em duas, no meio está um prédio baixo e comprido onde à direita em uma portinha está a aduana boliviana e do lado esquerdo a imigração. As ruas são de terra, muita sujeira e o lugar é bem pobre. Nossa primeira impressão da Bolívia não foi boa, a cidade peruana do outro lado pelo menos tinha asfalto.


Agora sim, entramos na Bolívia
Por sorte o prédio fazia uma sombra rente a parede, daí encostamos as motos em fila na parede mesmo. Lá na salinha da aduana um senhor de uns 35 anos, escutava Metalica no seu velho computador.  Ele muito calmo nos atendeu bem, fazia tudo devagar, mas era uma pessoa bacana, e gosta de rock.  Oposto do nosso amigo da Shadow, um cara sem paciência e grosseirão, que já começou a criar caso.  Eu tinha ficado lá fora olhando as motos e conversando com a esposa dele, que ao contrário era uma pessoa muito agradável e comunicativa.  Eu e o André ficamos com pena dela, pois o esposo era meio maluco, sem mapa, sem GPS, com nome de algumas cidades escritas em pedaço de papel de pão e com uma moto que só tinha autonomia de 200 km, iam voltar ao Brasil pelo sul da Bolívia!

Depois de fazermos a aduana, fizemos a imigração, foi aí que o nosso amigo surtou, haviam lhe dado dez dias de estadia na Bolívia e ele não queria, dizia que precisava só de um dia!  Nós tentamos lhe explicar que não tem problema, pelo contrário, quanto mais dias te derem melhor, você usa o que precisa e vai embora, mas ele acreditava que tinha que ficar os dez dias na Bolívia!  Não entendemos, pois o cara disse que já tinha passado pela Argentina e Chile, estava saindo do Peru ????
Concluímos que se andássemos junto com ele, iriamos nos encrencar, ele praticava o oposto da nossa politica de respeito e boa educação.
Só para constar, o André perguntou a esposa dele, se eles tinham passado muito frio, pois estavam só usando roupa de couro.  Ela disse que o motoclube ao qual pertencem proíbe o uso de outro material, dá expulsão.
Não acreditamos, nós que estávamos usando roupas impermeáveis modernas, já tínhamos passado frio, o cara vai viajar para a PQP, sozinho e tem que se ferrar só porque alguém o proíbe de escolher o que é melhor!
Para nós está fora do contexto, motocicleta é sinonimo de liberdade, certo?   Observou o André...

Eu e o André combinamos de dar um perdido nele, na saída da cidade pegamos a ruta 3, logo ali havia um posto onde ele entrou para abastecer, acenamos nos despedindo e fomos em frente.  Não rodamos um km e fomos parados pela policia Boliviana, o guarda nos fez deixarmos as motos no meio da pista e pediu que fossemos até uma casinha ao lado da pista, vai morrer grana, pensamos!
Nada disto, era apenas um posto de controle, um senhor de farda verde, de semblante fechado, anotou nossos dados em um livro, já o guarda que era jovem, ficou puxando papo. Bem aí chegou de novo nosso amigo da Shadow, já entrou atropelando e foi jogando os documentos sobre a mesa, eu agradeci, cumprimentei os demais e saí.

O guarda achando que estávamos todos juntos, esperou o nosso amigo, só aí liberou as três motos. Ele nos disse que o posto lá atrás estava fechado também, por isto ele teria de ir devagar economizando combustível. Bem, nós tínhamos a conta certa para chegar a La Paz, então mais uma vez nos despedimos e aceleramos.
Não os vimos mais, ele disse que nem iria entrar em La Paz, esperamos que eles tenham chegado bem em casa. Pelo menos o combustível eles devem ter achado, pois uns 20 km de onde nos despedimos a estrada passa pela cidade de Guaqui, onde há um controle do exército, os soldados nos cumprimentaram e nos mandaram seguir.


No altiplano Boliviano
Neste ponto a estrada se afasta do lago, apesar da primeira má impressão que tivemos na fronteira, o cenário no lado boliviano era agradável, as pequenas cidades mais organizadas, e aparentemente mais limpas. Não precisa ir muito longe das margens para que a aridez volte a fazer parte do caminho, o verde fica escasso, ao longe na ruta 3 é possível ver os picos nevados da Cordilheira Real, que cerca La Paz.
Praticamente não tiramos fotos neste dia, resultado do nosso humor devido à noite não dormida.


Lá ao fundo a Cordilheira Real, que cerca La Paz
De Desaguadero até La Paz são só 110 km, no meio do caminho fica o povoado e Tiwanaku e as suas famosas ruínas pré-Incas. Eu havia falado muito ao André que queria visitar este lugar que, segundo Erik Von Daninken (Eram os Deuses Astronautas) tem muitas coisas ainda por explicar, a começar pelas estátuas de pedra, com 5 metros de altura cada, esculpidas em monólitos com 100 toneladas. De onde vieram e como chegaram lá?
Não sei porque, paramos na saída da ruta 3 que vai para o povoado, mas eu disse para o André que não iria, ele insistiu, perguntou se eu não iria me arrepender, eu disse que não, nem foto da entrada eu quis tirar.
Minha prioridade passou a ser La Paz, precisávamos achar um bom lugar lá, não havíamos comido nada e eu imaginava que seria bem difícil encontrarmos hotel. Como havíamos dispendido muito tempo na fronteira, eu não queria chegar tarde a La paz em um domingo e feriado de ano novo. Eu ainda imaginava La Paz uma cidade parada no tempo e por tudo o que nos disseram da Bolívia, achei melhor priorizar assim.

Na ruta 3, monumento na saída para Tiwanaku, não fomos lá.
Achei na net, estátuas que deixamos de ver por lá.
Ruta 3 sentido La Paz, ao fundo o nevado Illimani
No caminho passamos por Laja e já era possível avistar a capital, a ruta 3 termina na Av. Juan Pablo II, que passa ao lado do aeroporto em El Alto, é uma avenida de duas pistas, muito movimentada com muitas vans e ônibus circulando. A periferia tem uma particularidade, também vista no Peru, a maioria das construções é feita de tijolos e não é rebocada, só as construções melhores tem reboque externo e pintura. Porém pudemos observar boas e modernas construções.  El Alto fica a 4100 m de altitude, e é um planalto, é uma imensa e movimentada periferia da cidade, apesar de ser domingo. O dia estava ensolarado desde a fronteira, o GPS nos guiou até a rotatória da Plaza Che Guevara onde há uma interessante estátua metálica de Che pisando a águia (norte-americana claro).

Estátua de Chê no trevo da autopista
Contornando a rotatória, descemos para a autopista La Paz - El Alto, onde há um grande pedágio, aqui moto não paga também.

O centro de La Paz fica em um buraco, é um vale a 3600 m de altitude, portando a autopista (com três faixas de cada lado) desce por 10 km fazendo muitas curvas, aí termina praticamente na Av. Mariscal Santa Cruz, que é a avenida principal, descendo um pouco mais ela muda de nome, passa a ser 16 de Julio.
O centro nesta avenida há uma mistura de prédios modernos com antigas construções, porém muito bem conservadas, possui um canteiro central que forma um boulevard. Logo no início, paramos ao lado de uma viatura e o policial, muito solicito, nos indicou na própria avenida mais abaixo, os hotéis Copacabana e Plaza.

Aqui vale explicar que, como sabíamos, os preços na Bolívia eram muito favoráveis, daí decidimos procurar por bons hotéis (para compensar a noite não dormida no pulgueiro), por isto ele nos indicou estes hotéis.
Nós brincamos que se o preço fosse bom, iriamos ficar em um hotel 5 estrelas.
Olhei no relógio e eram 15:30 h, só que aí lembrei que tínhamos ganhado uma hora devido ao fuso horário.
Pelo menos por alí, La Paz não correspondia ao que eu esperava, estávamos em uma avenida limpa, arborizada, com prédios modernos. A única coisa que nos remete diretamente ao passado são os ônibus que são todos aqueles antigos com frente de caminhão, muito coloridos. O número deles é pequeno comparado ao número de vans.
Paramos na sombra em frente ao hotel Copacabana que é um 3 estrelas, bem em frente, do outro lado da
avenida está o Plaza, este sim 5 estrelas. O André foi lá no Copacabana, voltou e explicou que eram 70 dólares o quarto duplo, sem estacionamento, lhe informaram que o mais barato que iriamos encontrar (hotel) seria uns 50 dólares. O André decidiu ir lá no Plaza, não custava perguntar... Voltou e disse que eram 95 dólares com estacionamento e tudo mas, era 5 estrelas mesmo!
Não pensamos muito, o André voltou lá e conseguiu fechar por 90 dólares. Pediram a ele que estacionássemos as motos na frente do hotel para fazermos o check-in.
Fizemos a volta na rotatória e quando paramos as motos na frente do hotel, o mensageiro nos olhou e pediu que fossemos direto para o estacionamento entrando pela rua de trás, acho que não estávamos com uma boa aparência para ficarmos na frente de um hotel 5 estrelas...

Hotel Plaza
Ok, fomos lá e entramos no estacionamento no sub-solo, encostamos as motos e dois mensageiros já chegaram com os carrinhos de bagagem, outro nível né     Mundo capitalista, quem pode pagar tem tudo!
Na recepção, nos fizeram pagar adiantado e em dólar, será que foi porque estávamos sujos e com cara de acabados?

Ao chegarmos ao quarto no décimo andar, que beleza!   Duas camas king size, espalhamos nossas tralhas por todos os cantos e, enquanto o André tomava banho, eu testei a internet, que maravilha.
Nossa janela dava para a Av. 16 de Julio, dava para ver claramente o centro, o lindo Illimani e El Alto lá no alto.
De banho tomado, trocados e agora com cara de gente, fomos procurar o que comer e já achamos do outro lado da avenida, em restaurante estilo fast-food, rachamos uma grande pizza.
Depois de ficarmos um tempo sentados ao sol em um dos bancos do boulevard observando a paisagem. Voltamos para o hotel para descansar.  Eu não conseguí dormir, fiquei na internet enquanto o André cochilava.

Oba! Tem internet, observe pela janela, El Alto lá no alto
O nevado Illinami visto do Hotel
Até aqui a Bolívia tinha me surpreendido, nada de anormal, aliás tudo muito normal, uma cidade grande La Paz. Claro que existe pobreza, que a periferia aliás, bem próxima, é grande. Nós estávamos no que seria a Av. Paulista do lugar.

Anoiteceu e o André quis sair para jantar, eu seguí minha regra de comer menos na altitude, encontramos um restaurante pequeno, mas muito ajeitado, com quadros de antigos artistas de cinema de Hollywood.
É daqueles restaurantes tradicionais onde você é servido por um garçom à moda antiga, ele guarda de memória o seu pedido.  Enquanto o André jantou, eu tomei uma taça de sorvete com 3 bolas.

Caminhamos um pouco e voltamos ao hotel, finalmente uma noite de sono digna, mas não sem antes termos
planejado o dia seguinte que, seria a antiga estrada para Coroico, Camino de los Yungas ou como todos conhecem "La Carretera de la Muerte".

Rodamos neste dia 250 km em aprox. 8 horas.   Puno- Peru -> La Paz - Bolívia.
Hotel Plaza - Av. 16 de Julio, 1789 - La Paz - Bolívia.

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