O despertador do celular tocou às 03:30 h, ainda bem que temos o fuso horário, esqueci de dizer que no Chile "ganhamos" mais uma hora, estamos 2 horas atrás do Brasil.
Nos arrumamos e fomos para a rua na frente da pousada esperar nosso transporte. O combinado era entre 04:00 e 04:30 h, a van chegou rapidinho. Fomos os primeiros que eles foram buscar, beleza, já nos instalamos lá no fundo, um de cada lado do último banco, se encher estamos bem posicionados, comentamos...
Encheu mesmo! A van, uma Hyundai HR1 branca, que ficou cheia de brasileiros, exceto por um casal (que depois vimos, não estavam juntos).
Fomos para a estrada ainda no meio da escuridão, e não demorou muito pra que todo mundo estivesse dormindo, menos eu... Não gosto da sensação de desligar em um lugar e depois acordar sem saber onde estou, por isto quero acompanhar o caminho. A Van andou um pouco só na ruta 23 e depois saiu dela rumo nordeste e logo começou a subir. A estrada percorreu um bom trecho de asfalto, mas quando este acabou deu pra entender por se chamam "calaminas" as costelas de vaca por aqui. De carro parece que vai desmontar tudo! Com as Suzis não sentimos 10% do que um carro vibra. Neste caminho não estávamos sozinhos, várias vans e um micro-ônibus seguiam quase juntos.
Havia uma lua cheia no céu que se refletia nas encostas rochosas da estrada cheia de curvas e subidas constantes. Era lindo mais eu não tinha como registrar.
Eu estava sofrendo ali apertado e tentava movimentar minimamente as pernas afim de evitar uma câimbra, que sempre acontece comigo, felizmente não aconteceu.
Rodamos por aproximadamente 1 hora e meia e quando chegamos, as primeiras luzes do dia já apareciam, era um grande campo com uma espécie de estacionamento, havia uma mureta semi-circular.
Várias vans e carros já estavam ali, descemos e já era possível ver as "fumarolas" que ficam já do outro lado da mureta. Estava muito frio, o guia nos disse que eram 5 graus Celsius negativos!
Várias vans e carros já estavam ali, descemos e já era possível ver as "fumarolas" que ficam já do outro lado da mureta. Estava muito frio, o guia nos disse que eram 5 graus Celsius negativos!
A lua ainda presente |
O Lugar é um grande descampado cercado por morros e montanhas ao longe, a lua ainda estava no céu mas a claridade do sol já iluminava.
São vários buracos no chão de onde brota água em ebulição, os maiores, de repente dão uns esguichos, as fumarolas são o vapor de água, é como um monte de chaleiras fervendo água pro café. Aliás por falar em café, fomos avisados que nos serviriam um lá no local, de fato no caminho alguma coisa batia no porta-malas da van, eu pensei em um pãozinho e um copo de café e só, padrão fora do Brasil. . .
Muita gente no lugar que é enorme, ficamos ali tirando fotos, não há cheiro de enxofre como ouvi dizer de outros lugares, pelo menos eu não sentí.
Fomos chamados para o café, o pessoal das vans usa a própria mureta, que restringe os carros, como mesa. Colocam uma toalha e montam o "buffet" que ao contrário do que imaginei era muito bem servido!
Fiz um lanchinho com "Sopaipillas", queijo e café a vontade! Sopaipillas eu já conhecia de Santiago, são como um pão Sírio, só não tão seco, servem de base pra qualquer coisa, você pode colocar desde geléia até ovo frito se quiser. Todo mundo repetiu até ficar satisfeito.
O reflexo, ao fundo o "buffet" para o café |
Meu café ! |
O sol começou a aparecer e a mudar o cenário e a temperatura também! Não me lembro exatamente, mas acho que uma hora depois que o sol saiu a temperatura já era de uns 20 graus positivos.
Não dêem comida aos pássaros ! |
Quem manda por aqui, lá vem o sol ! |
Todo mundo procurando um calorzinho |
O cenário começa a mudar |
Jatos de água fervente ! |
Não preciso dizer nada... |
A natureza é surpreendente.. |
Só pra quem tem muita grana mesmo ! |
Descemos e ali está a piscina de água quente. Tem um pequeno buraco muito discreto numa leve elevação, dali sai a água quente em meio a espuma, aí ela escorre por uma valetinha e enche a piscina.
Neste trajeto curto a água dá uma esfriada, o suficiente pra virar uma piscina quente.
Considerei a possibilidade de entrar, mais fiquei com preguiça, estávamos na altitude outra vez. Muita gente caiu na água, a piscina estava cheia.
A água que alimenta a piscina |
Todos ali diziam que estava quentinha... |
Próximo há uma outra ao lado de uma enorme fumarola cercada por um muro, mais ninguém entra ali. Ouvi o guia falar que um Francês e um Chileno caíram lá e obviamente com água fervendo não sobreviveram...
Nesta aqui ninguém entra, quem caiu aí morreu ! |
Era óbvio que ele queria só se mostrar com seu brinquedinho de luxo lendo um texto, se quisesse ler algo não seria ali em pé à beira daquela piscina naquele lugar, eu acho...
Hora de irmos embora e agora na van com todo mundo acordado o falatório era geral, havia uma "carioca' que parece demais com a minha irmã, inclusive fala muito como ela. Muito agradável puxou papo com todo mundo, inclusive me arrumou um creme para os lábios, pois os meus estavam visivelmente destruídos da secura e frio dos dias anteriores, foi um alívio.
Aprendemos neste dia a diferença entre Lhamas e Vicunhas, as primeiras são as maiores e "felpudas", são de várias cores, já as alpacas são todas com pelo baixo e amarelado, parecem um veadinho grande.
Estas últimas são protegidas no Chile.
A van parou em uma descida ao lado de um morro de pedras, o motorista disse para procurarmos um bicho, ninguém via nada aí ele explicou que era como um rato muito grande mais que eram difíceis de ver, pois ficam camuflados. Apesar dos esforços gerais, ninguém viu o tal "ratón".
Estas últimas são protegidas no Chile.
Vem cá loirinho ! |
Descobri posteriormente que o André exerce uma atração sobre as Lhamas ! |
Vicunhas, marrecos e flamingos |
Mais perto |
Seguimos adiante e paramos em uma curva da estrada onde há água e vegetação, são os "bofedales" (aquela graminha) segundo o guia. Ali era o Rio Putana que vem lá da divisa com a Bolívia, o guia nos mostrou um vulcão ao longe no horizonte (Cerro Tocorpuri) e disse, do outro lado é a Bolívia e naquela direção fica a Laguna Colorada. Este rio aqui alimenta o rio San Pedro que é rio que dá vida a cidade de San Pedro, de fato lá também é uma "quebrada".
Bofedales do Rio Putana, lado em direção a San Pedro. |
Crianças, cuidado com os turistas! |
Do outro lado, o rio Putana vindo da divisa com a Bolívia (vulcão ao fundo). |
É o clima do deserto, o sol está forte, emprestei meu chapéu para a menina do Rio, muita gente foi lá, mas novamente devido ao sol e a altitude ficamos por ali mesmo e entramos na fila do churrasquinho. Isto mesmo, tinha um senhor ali vendendo churrasquinho de lhama. Quando o André estava experimentando eu fiz uma consideração: André estamos vendo muitas lhamas vivas por aqui certo? O que ele confirmou. Porém não vimos nenhum "ratón" certo? Então este churrasquinho é do que mesmo?
Brincadeiras à parte, eu também experimentei e é muito bom, seja de lhama ou de ratón, sei lá.
Povoado Machuca, ao fundo a quebrada do rio Putana |
Vai um churrasquinho de Lhama aí ? |
De Lhama ou de Ratón ? |
Não sou fã de carne, mais vou encarar... |
Muito bom ! |
Fizemos muitos amigos nesta viagem ! |
Aquele chapéu é meu ! |
Viva Chile ! |
Quando chegamos a San Pedro, a Van foi deixando um aqui outro ali, neste interim o Claudião ligou no meu celular, conversamos bastante e passei o telefone pro André dar uma palavra com ele. A van parou na frente da nossa pousada e descemos enquanto o André falava com ele, isto por volta de 12:30h.
Havíamos dado a mancada de esquecer de confirmar com o pessoal da pousada o tempo da nossa estadia, então quando entramos nos pediram gentilmente para que trocássemos do quarto número 2 para o número 6, pois o dois tinha reserva. O Número 6 é o dobro de tamanho, pena que vamos embora amanhã, comentamos.
Como iriamos embora no dia seguinte, nos programamos para "arrumar" as coisas, tínhamos o passeio da tarde às 16:00h, então era o tempo para arrumar tudo e descansar um pouco. Para ganhar tempo fizemos outro lanche com o que havíamos comprado no "super" mercado, na frente do quarto 6 tem uma mesa do lado de fora, conversamos muito enquanto comíamos.
Bem, chega de conversa, vamos arrumar as coisas, foi aí que o André deu falta da sua máquina fotográfica, vasculhou tudo e não achou. Fazendo uma revisão mental, lembrou que ela estava no bolso da blusa quando ele estava dentro da Van ao chegarmos a San Pedro. Concluímos que ela caiu quando ele levantou para sair e não viu, pois estava falando ao telefone. Eu disse pra ele ficar calmo, pois seguramente estava dentro da van.
Enquanto eu começava minha "luta" para arrumar tudo de volta nos alforges, o André foi até a agência na Calle Caracolles tentar contato com o motorista da van, o problema não era a máquina e sim as fotos. Eu estava me arrastando para arrumar as coisas, claramente não sentia vontade de ir embora dali, mais uns dias em San Pedro era tudo o que eu queria, mais não era esse o foco da viagem, havia muito ainda pela frente.
O André voltou, não conseguiram contato com o motorista, o celular dele estava desligado ele devia estar tirando um "cochilo", deixaram recado.
Enquanto o André deu o cochilo dele, eu continuei arrumando minhas coisas muito lentamente.
Ok, 15:30h vamos para a agência! Nosso ponto de partida desta vez. Chegando lá a senhora que cuida dos passeios informou que a máquina havia sido encontrada dentro da van, alguém estava trazendo. Ótimo, eu havia dito pro André, estamos no Chile as chances de ter sua máquina de volta são de quase 100%.
Na agência tinha um poster com um desenho descrevendo toda a região de San Pedro, todas as atrações e suas localizações era um mapa 3D. Ficamos babando por ele, aí o André saiu para tentar comprar um igual. Enquanto isto a agência foi enchendo, as meninas todas bem a vontade devido ao calor, tava bonito ali. O André não conseguiu achar o poster porém chegaram com a máquina fotográfica dele. Nos chamaram e o guia pediu para todos o seguirem, aí eu já fui logo perto dele, pois estava pensando que seríamos "enlatados" numa van, daí eu queria sentar lá no fundo. Fomos caminhando pelas ruas de San Pedro em direção ao corpo de bombeiros, eu perguntei ao guia qual a direção do Valle de La Luna o que ele respondeu "norte é lógico!" (só faltou falar, "seu burro").
Já ví que o cara era antipático mesmo, fiquei na minha, se respondesse eu ia ser muito grosso com ele e não seria um bom começo.
Ali perto do corpo de bombeiros tem uma área onde ficam parados vários veículos, é um estacionamento para quem vai até a Caracolles. Nos esperava um micro-ônibus, que beleza, já nos instalamos lá no fundo. O André é teimoso, eu tinha lhe dado um boné para usar e ele não quis e agora o sol estava "pegando",
então ele resolveu enrolar uma camiseta na cabeça, fez um turbante e ficou parecendo um "Tuareg" branquelo.
então ele resolveu enrolar uma camiseta na cabeça, fez um turbante e ficou parecendo um "Tuareg" branquelo.
Muito bom, nada de aperto ! |
O micro-ônibus saiu de San Pedro e pegou a ruta 23 sentido oeste (lado oposto por onde chegamos da Argentina) e começou a subir uma serrinha, a pista está em obras, é duro mesmo trabalhar debaixo daquele sol, a tal serrinha é formada só por morros secos, uma aridez total. No alto da serrinha ele saiu da ruta à direita e por uma estrada de terra andou uns 2 km e parou, o guia pediu que lhe seguíssemos a pé para o Valle da Morte. O caminho a certa altura fica cercado de paredes de rocha e faz uma curva à esquerda. Dali tem-se uma vista do alto, o Valle da Morte é uma enorme depressão de areia e pedras. Não sei a altura, mas pelo menos uns 300 metros de descem em dunas. Todo o horizonte fica abaixo, só voltando a subir muito longe onde está o vulcão Licancabur.
Vista da ruta 23, lado esquerdo subindo a serra |
Caminho para o Valle de La Muerte |
No fim da curva, o que se vê à esquerda |
E o que se vê à direita, é muito alto ! |
Se eu cair aí, ninguém vai me buscar ! Ao fundo o vulcão Licancabur. |
O guia disse que não se sabe porque do nome, mas dá pra imaginar que alguém já morreu por ali.
Ele disse que o veículo motorizado que foi enviado para "passear" no solo de Marte foi testado ali pela NASA e funcionou, só em Marte que não.
Acho que ficamos uma meia hora por lá, claro que entre as paredes de rocha onde estávamos, forma-se uma boa sombra.
Voltamos para o micro-ônibus e este voltou para a ruta 23 sentido San Pedro onde logo ele parou à direita, isto mesmo o Valle da Lua fica ao lado da estrada.
Dali do alto tem-se uma bela vista do lugar, que eu imaginava ser maior, se bem que pequeno não é.
Uma turma de motos Custom parou no acostamento, todos de roupa de couro preta, debaixo daquele sol, eu de camiseta e calça bem leve...
Dali do alto tem-se uma bela vista do lugar, que eu imaginava ser maior, se bem que pequeno não é.
Uma turma de motos Custom parou no acostamento, todos de roupa de couro preta, debaixo daquele sol, eu de camiseta e calça bem leve...
Tiramos várias fotos, só era difícil porque tinha uma casal de japoneses que sempre escolhia o mesmo lugar e a mesma hora.
O Valle de La Luna visto do alto da ruta 23 |
Que tal uma voltinha à pé lá embaixo ? |
Voltamos para o ônibus, eu achei que o passeio tinha terminado pensando que dava pra ter ido de moto, mas tudo bem, precisávamos dar um tempo pra elas.
O ônibus desceu a serra de volta sentido San Pedro, mais saiu à direita e pegou uma estrada de terra (areia) e paramos na entrada do parque do Valle da Lua.
Entrada do parque na parte baixa. |
Lá vamos nós para uma caminhada |
Parece barro, mas é sal |
Tuareg loiro ! |
Como já havíamos visto, os salares são marrons, o guia explicou que chove em média 16 mm por "ano" (em SP isto chove num dia e não é muito) e que muitas formas foram criadas pela erosão da água através dos séculos. Quando você bate nas paredes pensando ser rocha, elas emitem um som oco.
De fato, não há foto que consiga captar o que o lugar é "ao vivo". Em vários lugares há restos de desmoronamentos, em uma curva há um dos grandes, formando um salão que parece que vai cair a qualquer momento, eu comentei algo e o guia disse que haviam 2 Argentinos e um Chileno embaixo, brincadeira. Segundo ele, foi resultado do último terremoto. Neste momento o André me perguntou, você está ouvindo este barulho? Eu disse que não, aí escutei uns "estalos".
Perguntei ao guia e ele respondeu "calma já vou explicar", reuniu todo mundo e pediu silêncio. Uns estalos agudos, outros médios e uns outros bem fortes.
Perguntei ao guia e ele respondeu "calma já vou explicar", reuniu todo mundo e pediu silêncio. Uns estalos agudos, outros médios e uns outros bem fortes.
Ele explicou, é tudo sal e o sol aquece isto muito, e claro isto se expande, agora que aqui dentro já se formou sombra, as paredes começam a esfriar e a contrair, nesta contração começam a rachar. Este é o som das rachaduras. Claro que todo mundo perguntou quando aquilo caía, ele disse que caía só com terremoto. O cenário em volta mostra outra realidade, pra mim não é só com terremoto não. Bem, que não caía nada hoje...
Ao fundo, nosso guia procurando por turistas soterrados... |
Andamos bastante por aquele caminho, e em um lugar tínhamos que "escalar' uma parede com uns 2 metros, eu até que subí bem.
Depois disto o caminho chega a um local com um grande desmoronamento e paramos por ali. Alguém perguntou ao guia se era possível continuar o caminho e sair no meio do vale. Ele disse que sim, mas seriam mais umas 2 horas de caminhada e não valia a pena, pois iríamos de ônibus. Voltamos deste ponto.
Na volta eu fui o primeiro a descer aquela parede, cometi um erro de cálculo pois quando julgava já ter descido bastante saltei, bati seco com os dois pés no chão.
Por sorte não aconteceu nada além de uma ardência na sola dos pés, mas tinha feito besteira.
Na volta eu fui o primeiro a descer aquela parede, cometi um erro de cálculo pois quando julgava já ter descido bastante saltei, bati seco com os dois pés no chão.
Por sorte não aconteceu nada além de uma ardência na sola dos pés, mas tinha feito besteira.
Ok, voltamos daqui. |
O geólogo explicando em inglês, a "borboleta" com as mãos na cintura e o casal de japoneses |
Ficamos ali esperando todo mundo descer, tinha uma família esperando para subir e os moleques fazendo arte, um deles pegou o irmão e levantou, quase o derrubou de cabeça. No nosso grupo tinha um casal jovem, falavam inglês por isto julgamos serem norte-americanos, a menina foi a última a descer, só que não conseguia, se pendurava numa fenda e voltava, virava e escorregava os pés, realmente uma cena. No final das contas, ela se machucou, ralou o braço e as mãos mas desceu, porém demorou. Eles passaram por nós que ficamos vendo as travessuras da turma que ia subir, a senhora pelo jeito não ia conseguir mesmo.
Voltamos a caminhar e o André me falou, olha a borboleta! Onde? Respondi... Ali disse ele apontando para a menina que se ralou toda.
Ela estava com uma calça de lycra bem apertada, na tentativa de descer ela sentou na beira daquela parede e ficou com a marca marrom do solo na bunda formando o desenho de uma borboleta. A menina andando e rebolando parecia um borboleta voando. Eu comecei a rir e o André fazendo piadas até que caímos numa crise de risos, chorávamos de tanto rir. Obviamente que eles não entendiam o que dizíamos mais depois de tanto riso os dois acabaram olhando para trás desconfiados.
Eu e o André ali tentando parar de rir e disfarçando olhando pra cima, não foi fácil.
Eu e o André ali tentando parar de rir e disfarçando olhando pra cima, não foi fácil.
Voltamos para o ônibus tentando esquecer a borboleta. Fomos de fato para dentro do Valle de La Luna, paramos em um lugar amplo com dunas dispersas.
As Três Marias (agora só duas) |
Eu não me animei em descer do ônibus para vê-las, acabei descendo depois para fazer um xixi no parachoques traseiro.
Todos voltaram para o ônibus e fomos informados que iriamos ver o pôr de sol em uma duna, o guia falou que era moleza subir lá. Quando o ônibus parou ao lado eu ví a duna e falei pro André, não é tão longe vamos lá?
O guia disse para subirmos que ele ficaria no ônibus, alguém perguntou porque ele não iria, ele respondeu que subia lá todos os dias e naquele dia não tava afim.
Logo descobrimos porque o guia não foi, a areia pesada e uma rampa de uns 30 graus faz vocês dar dois passos para frente e escorregar um para trás.
Subindo a duna, parece fácil né ? |
Que sufoco! Parei diversas vezes e estava com a língua pra fora, demorei a chegar lá. Havia um lugar mais acima subindo nos morros de pedra, mas ficamos ali mesmo no topo onde tem um guarda para não deixar o pessoal andar no "pico" da duna, não sei se, porque ela faz uma bela linha desenhada pelo vento, ou também por ser muito alta e se alguém "rolar" vai parar muito longe.
Ufa ! Chegamos |
O alto da duna |
O André ainda está sem fôlego.. |
Neste ponto comentamos, já vimos tanta coisa nestes últimos dias que este pôr de sol perdeu a graça, não estamos mais conseguindo assimilar tanta beleza (too much information).
Com esta luz... |
O Sol se vai e nós também.. |
O ônibus chegou já quase anoitecendo a San Pedro, o guia tinha dito pra alguém, acho que foi pro André, que preferia os turistas europeus pois eles davam gorjeta, os chilenos, brasileiros e argentinos não. Ok, então não demos gorjeta, só tchau e obrigado!
Fomos jantar no mesmo restaurante simples da noite anterior. Eu acho que comi um frango, o André escolheu peixe, eu até tinha pensado nesta opção, mas aí só pra sacanear o André observei: Estamos no deserto certo? Este peixe vem do mar certo? O mar está longe teve que cruzar o deserto certo?
Você vai comer isto? O André ficou me olhando com uma cara de besta...
Fiz só de sacanagem, pois ele já havia feito o pedido, mas o peixe estava bom, ainda bem. O mar não estava tão longe assim.
Fomos descansar, pois no dia seguinte iríamos cruzar o deserto rumo ao Pacífico!
Neste dia não rodamos de moto.
Geisers El Taitio 180 km, Valles da Morte e La Luna aprox. 50 km, de van e ônibus.
O restaurante o mesmo, aquele do qual não sei o nome nem o nome da rua.
André esse peixe veio do mar via GEISER
ResponderExcluirRRSRSRSRRSRSRRS
Abrs
Perdeu Playboy