segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dia 27/12/2010 - Se "punar" significa passar mal então Puno é o que ? (o lago Titikaca).

Da janela do restaurante do hotel víamos, do outro lado da avenida o estádio Olímpico de Moquégua.
Os móveis todos em madeira maciça em estilo colonial, pelo jeito o pessoal daqui gosta disto.
Estava sol e a temperatura agradável, eu decidí que sairia com a calça leve mais deixaria a calça de chuva e frio bem fácil de pegar.
Fácil achamos a saída e, como de costume, paramos no primeiro posto.  A dificuldade no Peru é saber o valor e consumo, pois eles usam a unidade galão.  Eu perguntei sempre quanto era o galão daqui, pois existe o galão britânico de 4.5 litros e o americano com 3.8 litros, ninguém nunca soube me responder.
Aproveitei a parada no posto para "investigar" sobre o tal trecho de terra, as condições etc. Me surpreendi, pois as respostas sempre eram para ir por Desaguadero. Ninguém conhece o tal caminho mais curto!
Fui lá escritório do posto para pegar duas águas grandes, perguntei sobre o caminho e um rapaz que estava sentado preenchendo um documento me respondeu que sim, existia o tal trecho, que ia direto encurtando a viagem em 320 km. Ele disse que estavam terminando de asfaltar e, se fossemos pegar terra seria muito pouco. Ótimo, aí eles me perguntaram para onde íamos, respondi que pretendíamos passar o ano novo em Cuzco. Novamente observei o ar de admiração quando respondi isto, pois no hotel, no táxi todos sempre respondem com uma certa empolgação ao nome Cuzco.
Parece que Cuzco mexe com imaginário turístico popular por aqui, mais ou menos como o Rio no Brasil !    Deve ser bom né ?
Com os tanques cheios e com as garrafas PET cheias, ajeitamos tudo na bagagem e partimos.

A saída de Moquégua pela Ruta 1S (Interocêanica Sur) é muito bonita, os contrastes do vale com os morros áridos e altos em volta. A estrada só tem curvas, estava gostoso pilotar ali.  Quando finalmente a ruta deixa a quebrada, começa a subir em curvas constantes formando um "caracolles".
Para trás vai ficando o Serro Baul, a paisagem é muito seca, mais é bonita, perdi de tirar uma bela foto, um homem a cavalo, descendo um morro e passando ao lado de um grande cactus. Mas não daria tempo mesmo de parar e pegar a máquina, ficou na minha memória.
Logo vimos o Touro de Torata, fica bem ali na bifurcação entre a ruta e a estradinha que vai para a cidade, e há um posto. Apesar de ser termos rodado apenas 20 km, abastecemos, combustível numa viagem destas é como dinheiro, se sobrar você nem liga, mas se faltar!



A subida após Moquégua, a aridez fora do vale, ao fundo o Cerro Baul

Entrada para Torata 

Observem as curvas da ruta 1S, agora mais perto o Cerro Baul
A ruta 1S passa por trás de Torata que fica em um vale verde (quebrada) e a partir dali a subida fica vertiginosa, passamos de 2100 m de altitude para 3600 m em apenas 25 km, inúmeras as curvas de 180 graus. Neste trecho fomos ultrapassados por um Pajero que subia em alta velocidade, 30 km à frente quando estávamos já a 3650 metros, paramos em um pedágio, aqui também moto não paga. Fazia sol novamente e começamos a usar a "técnica" de fazer tudo em câmera lenta. O Pajero estava parado lá com a tampa do motor aberta, tinha fervido. O motorista era um garoto, começamos a conversar e ele disse conhecer São Paulo e Rio. Ele foi mais um que fez aquele "ar de satisfação" quando falei que íamos para Cuzco.  Como ele era um cara bem informado, perguntei novamente sobre o trecho novo para Puno e ele foi preciso, disse que uns metros à frente do km 116 está a bifurcação com a indicação. Disse que estava toda asfaltada e não tinha como errar.
Nos desejamos sorte mutuamente e seguimos subindo e logo o tempo começou a fechar, paramos num lugar muito alto e desolado a 4100 m, abastecemos as motos com as garrafas extras e eu comecei a árdua tarefa, naquela altitude, de colocar toda a roupa de frio e chuva.
O tempo continuou fechando e o frio aumentando junto com a altitude, continuamos a subir e quando rompemos os 4500 m começou a chover, só que estranhamente não molhava! Só depois de algum tempo fomos entender que eram minúsculas pedrinhas de gelo! As montanhas à nossa volta eram todas com picos nevados. 
Só que depois virou água mesmo, e muito gelada.  A roupa impermeável tem a característica de funcionar como um radiador depois de molhada por fora. Me lembrei na hora do Taz dizendo que em dias de muito calor, ele para em um posto e molha a roupa com mangueira, depois rodando a calor ameniza. Pois bem, era o que estava acontecendo, porém no lugar errado. A temperatura alí estava abaixo de zero seguramente.
O frio judiava, neste cenário úmido, vimos em uma curva uma placa indicando caminho para Puno, porém não era o tal km 116, além do que a estrada de terra descia e cortava uma imensa planície em direção ao fim do mundo que é o Rincón de Japo.
O André quis entrar alí, pois era o que a placa indicava, mas meus instintos diziam que não, estávamos morrendo de frio e eu disse para o André, vamos adiante até o tal km 116, se não for lá voltamos e vamos por aqui.   O problema era que na ruta haviam duas indicações de km e que não batiam, enquanto um tipo contava somando e estava já estava em cento e poucos, o outro tipo decrescia e estava em 170 e poucos.



Depois dos 4100 m o tempo fechou de vez

Lindo ! olhando daqui né ?
Já tínhamos passado por trabalhadores que estavam fazendo manutenção na estrada, todos estavam "entrincheirados" nas valetas laterais da estrada, fugindo do frio.
Quando ví mais alguns deles novamente, parei e fui perguntar, tentei ser o mais específico possível "por favor la carretera que sigue hasta Puno, la nueva , la nueva, non la vieja que passa por Desaguadero, conoces?"   Um rapaz de macacão laranja, levantou-se e foi também bem especifico.
"Adelante km 126, hay la salida a la isquerda, el asfalto es nuevo, es muy fácil".   Bem, km 116 ou km 126 não importa, eu entendi errado em algum momento, então  mais 10 km de diferença neste mundão aqui não é nada.
Virei e disse para o André, é por aqui, ele reclamava do frio e não parecia bem. O frio era cortante mas apesar da névoa e da chuva, o cenário era lindo com picos nevados a nossa volta.
Finalmente uns 10 km à frente vimos a bifurcação, a estrada à esquerda tinha um asfalto novinho, parece que tinham acabado de asfaltar só para nós passarmos!
Paramos para tirar fotos, foi aí que o André me disse que estava muito mal, com muito frio e sono e um pouco de dor de cabeça, ele estava prestes a "punar". Ali onde estávamos era o nada, não havia o que fazer senão seguir. Apontamos em direção a uma planície desolada e fomos em frente.



Enfim a bifurcação que tanto procurávamos ! 

Mereceu uma foto

Estou molhado e gelado, olha o asfalto novinho atrás de mim

O André fazendo um esforço para sorrir


Atrás de nós o cenário era este
Este é um trecho muito deserto, demorou até que conseguíssemos ver alguma casinha perdida, porém viva alma, nenhuma...
Mais uns 10 km avista-se o Bofedal Humalso, não tem o formato de uma quebrada, mas tem alguma umidade. Depois de uma enorme planície avista-se outro bofedal, este sim muito grande mesmo, com as dimensões de um salar, porém não tem nome...   Dali podíamos ver muito ao longe os picos nevados em uma grande cadeia, a altitude não baixava dos 4500 m. O André, como ele mesmo disse, tinha ligado o botão de sobrevivência e estava pilotando no modo automático.
Rodamos bastante, porém com subidas e descidas mais amenas, estávamos já no altiplano, a altitude sempre em torno dos 4500. Passamos por dois salares, um pequeno e outro enorme, porém não há como saber os nomes, não existem placas no fim do mundo!



Parou de chover

Estamos no fim do mundo

Ninguém para lá ou para cá

Só os gigantes gelados nos observam
Finalmente avistamos um povoado com casinhas bem à beira da ruta, vimos um rapaz que nem olhou para nós quando tentamos lhe perguntar algo.
Olhamos aqui e alí e nada, nenhum lugar para comer algo. Vinha pela rua um homem, meio tropego, estava mais bêbado que qualquer coisa, veio se encostando na gente e falando coisas initeligiveis.  Não entendo bêbado falando português que dirá em espanhol...
Aceleramos para sair dali, e a ruta quando cruza o povoado é uma reta. Estávamos bem na saída e  de repente desabou uma chuva de granizo. Em segundos o asfalto ficou branco de gelo. Foi o tempo de eu pensar "lascou" e do mesmo jeito que veio a chuva passou. Parecia que alguém tinha jogado um balde do céus.

Rodamos um bom tempo devagar, neste trecho apareceu uma motinha, cujo piloto usava capacete, já a garupa estava "enrolada" com tudo o que tinha, parecia que tinha até um cobertor na cabeça. Esta moto nos passava, depois passávamos eles, até que não os vimos mais. Começou então uma descida de serra até que entramos em um vale a 4000 m de altitude, havia um rio e umas casinhas na beira da estrada, vida finalmente!  Paramos na frente de um lugar que parecia um minúsculo restaurante, havia uma van parada.
Na parede do lugar estava escrito "Trucha", falei para o André, tem Truta aí  vamos encarar?  O André mais pra lá do que pra cá, aceitou.  Muito simples o lugar, chão de terra batida, havia umas pessoas almoçando em uma mesa, uma mulher com aparência muito judiava nos atendeu.

Havia dentro do local uma planta com flores, protegida do frio pela cobertura, por isto estava bonita. A truta chegou rápido, com arroz, batata cozida "com casca", tomates e rúcula.  Não acreditamos quando experimentamos, uma truta deliciosa e as batatas com casca também. Resumindo, o André todo zoado que estava conseguiu desfrutar deste almoço, e eram só elogios.  Este almoço ficou para nossa história, uma truta 5 estrelas por 6 soles!



As termas de Loripongo

O lugar é muito pobre


"A planta" dentro do restaurante de chão batido

Olhem a aparência do André!  Mas esta truta levantou nosso moral

Do outro lado, na beira da ruta, estão as piscinas de águas termais de Loripongo, um senhor que estava do lado de fora nos incentivou a irmos lá visitar, o André já estava um pouco melhor, mas do jeito que estava frio não quisemos nem olhar.
Um menino com 5 anos de idade, parou do meu lado e começamos a conversar, não consigo me lembrar do nome dele, era um nome difícil. Suas faces e mãos queimadas do frio, chegavam a ter cascas. As casinhas em volta muito pobres, não me lembro sobre o que, mas conversamos bastante, me despedi com um aperto de mão e lhe desejei, do fundo do coração muita sorte e saúde.


As casinhas ao lado do restaurante, que na realidade é igual a uma delas

Meu amiguinho de estrada
Quando saímos de lá, o André já parecia melhor, de fato este almoço levantou nosso moral. Uns 10 km adiante cruzamos uma ponte, pois o rio que passa nas águas termais, estava ao lado esquerdo da ruta e depois da ponte fica à direita formando um grande vale. A partir deste trecho começam a aparecer casas espalhadas ao longo da ruta. O sol reapareceu e a tarde ficou bonita.

Foi neste trecho que começou a rotina dos animais na pista, a partir dali e por todo o altiplano, encontram-se burricos, gado, mas principalmente ovelhas e cachorros. Os cachorros sempre sentados ou deitados à beira da estrada. Eu imaginei que são cães pastores que ficam ali descansando enquanto as ovelhas pastam, e de fato há sempre uma pessoa por perto.
De vez em quando alguém guiando um rebanho cruza a pista e, foi em uma destas ocasiões em que o André ia na frente, que um rebanho de ovelhas cruzou a pista, fiquei preocupado, pois apesar de melhor ele ainda estava pilotando no modo automático.
A regra no altiplano é, passou por algum povoado ou viu algum rebanho próximo da estrada, reduza a velocidade e abra os olhos.
Se algum animal apontar para a estrada, freie!  Não tente acelerar para desviar, pois normalmente atrás dele vem o rebanho inteiro.
Neste trecho o cenário já é verde, há muitos pastos e por isto muitos, mas muitos animais mesmo.
Uns 20 km depois do restaurante chegamos a Antajave, que é uma pequena cidade que se espalha em volta da ruta, e era lá que, segundo haviam me informado, encontraríamos combustível, mas felizmente não precisamos mais, então passamos direto.
Dava para perceber claramente que estávamos no altiplano, a altitude ficou em torno dos 3900 m e a estrada com várias retas.
Mais uns 20 km após Antajave estava um dos meus pontos de interesse, as Pucáras de Cutimbo, que diferentemente daquelas do Paso de Sico, são verdes e cobertas de vegetação. São duas e a estrada passa no meio, há um sitio arqueológico lá, mas nem fiz menção de parar, queríamos chegar logo a Puno.



Uma das duas Pucáras de Cutimbo

Dali até Puno são mais 20 km passando por um povoado chamado Caracollo. A ruta chega em Puno pelo alto a 3900 m de altitude e de lá pode-se ver o Lago Titicaca que fica 100 metros mais abaixo, porém é uma "enganosa" bela vista.



Enganosa bela vista

Paramos para uma foto e descemos para a cidade, o centro fica ao nível do lago, estava sol e calor. Fomos rodando pelas ruas confusas do centro a procura de um hotel. Em uma avenida ví uns táxis parados e fui perguntar, uma senhora me apontou para o outro lado da rua, tinha um hotelzinho. Fui lá, entrei e um senhor veio ao meu encontro, não sei porque mas não gostei do lugar, perguntei o preço mas tive uma sensação estranha e quase saí correndo do lugar. Falei para o André, aí não dá, você aguenta a gente rodar mais um pouco?  Felizmente ele estava melhor e concordou, decidi ir para uma das extremidades da cidade na beira do lago, pois via-se uma grande construção que deduzimos ser um hotel.

Quando estávamos já na margem do lago e saindo da cidade, vimos dois policiais parados no acostamento. Paramos e perguntamos sobre hotéis. Um deles foi muito legal, ele vendo o nosso "nipe" disse, aquele lá na frente é o hotel San Antonio é muito caro, só para turistas europeus. Do outro lado da cidade está o hotel Libertador, dava para ver dali em um morro às margens do lago, que também é muito caro, porém quase ao lado dele há um hotel muito bom, é caro mas não tanto como os outros dois.
Nos disse para seguirmos a Av. Simon Bolívar até o final e virarmos à direita, muito agradecidos fomos lá, só que esta avenida, que é de duas pistas é o caos. O Asfalto cheio de buracos, água suja escorrendo, poças de lama e, no meio de tudo isto uma feira!  Só que não organizada, eram barracas espalhadas por todos os lados e nós fomos transitando pelo meio. Demoramos um bom tempo para atravessarmos a avenida toda, pois a mesma cruza a cidade paralelamente à margem do lago, no final dela viramos à direita e saímos em uma "meio rua, meio estrada". Fui na direção do hotel Libertador, por sorte o André viu a entrada para o hotel indicado, tivemos que cruzar uma linha férrea e aí entramos no hotel Sonesta Posada del Inca.
O tempo começou a mudar, paramos na frente e o hotel é mesmo muito bom, é padrão 4 estrelas. O André já bem animado foi lá perguntar o preço e pechinchar, 83 dólares o quarto duplo. Considerando o que vimos atravessando a cidade, por ali há duas opções, o céu ou o purgatório, decidimos pagar pelo céu...
E foi a melhor coisa que fizemos!
Rapidamente nos instalamos, com a ajuda claro do "Bell Captain" que, de luvas brancas, levou nossas bagagens em um carrinho,  a 3800 m isto faz uma diferença!  O carrinho, não as luvas...



De dentro do quarto

Merecemos este conforto

O Scooby curtindo o visual e as lhamas claro!
O quarto era muito bom, com duas camas king size, internet rápida e aquecimento central. O Scooby já se ajeitou rapidinho, pois da janela havia uma bela vista do lago, porém lá fora o céu começava a mudar. Do oeste vinha uma camada de nuvens ameaçadoras, as mesmas que nos pegaram nos 4500 m horas atrás.
Refeitos após um banho quente, fomos no jardim onde estavam algumas lhamas, obviamente que elas se derreteram todas pelo André (isto iria acontecer, como vocês irão ver, pelo resto da viagem).
Quase em frente ao nosso quarto, existe um pier com vários pequenos barcos ancorados, a passarela termina em um grande barco a vapor ancorado por lá. Descobri mais tarde que é o S.S. Coya de 1892  e que pertenceu a Ferrocarril del Sur del Peru. Parece estranho um navio pertencer a uma companhia férrea, porém o mesmo complementava o transporte de trem cruzando o lago.



A linha do trem que passa na frente do hotel

O céu à esquerda está lindo, mas à direita está chegando o frio

Vista da janela, o André quis ir lá
Quando estávamos no pier, um casal saiu de um dos barcos e passou por nós com cara de estiveram fazendo algo mais do que simplesmente passear.



Olha a cara de poucos amigos que ela fez pra mim!

Já para o "sedutor de lhamas" só carinho...


Cuy (porquinho da índia)  muito apreciado no Peru desde os tempos dos Incas


De longe o porto e ao fundo a confusa e suja cidade de Puno

O S.S. Coya de 1892, hoje é uma relíquia do hotel

Depois de beijar o André ela tentou me morder!

O André com os olhos vermelhos de tanto chá de coca, observem como o tempo fechou...

Eles não ligam para o frio

O Hotel visto do pier
Não nos animamos em visitar o Coya, o tempo fechou de vez e o vento frio por aqueles lados afugenta qualquer um, logo em seguida começou a chover. Na recepção do hotel havia uma enorme garrafa térmica com "chá de coca", decidimos experimentar e é muito bom, tem gosto de chá mate. Tomamos várias xícaras. Devido ao frio lá fora e, animados pelo chá decidimos jantar no hotel, o restaurante é padrão internacional e nós enfiamos o "pé na jaca". Pagamos mais de dez vezes o valor daquela truta lá da serra.


Na recepção, chá de coca à vontade !

Chove lá fora e aqui tá muito bom!

Insistí para o garçom que não precisava da vela, mas ele fez questão

Ei Scooby esta cama aí é minha !

Da janela do quarto, olhando aquele tempo lá fora, dava um desânimo ao pensar que iríamos no dia seguinte seguir viagem, esperávamos que o tempo melhorasse, pois tínhamos 450 km pela frente na altitude até Cuzco.


Rodamos neste dia 250 km em aproxim. 6 horas - Moquégua -> Puno Peru.
Hotel Sonesta Posada del Inca - Av. Sesquicentenário, 610 - Sector Huaje - Puno.
O restaurante do hotel é padrão internacional, é caro mas é muito bom mesmo.
Descobri depois  na internet, que há uma outra opção:
Hotel Eco Inn, 3 estrelas - Av. Chulluni, 195 - Sector Huaje - Puno.

2 comentários:

  1. vi o link deste blog no FOL (FalconOnLine), que o Nelsonbad postou.. gostei demais e estou ancioso pelo restante, parabéns pela viagem e para as motos que mesmo com umas babadas de óleo parecem se comportar muito bem nesta viagem. novamente parabéns pela riqueza de detalhes descritos me faz querer mais e mais viajar novamente de moto.

    Forte abraço.

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  2. Diguhh,

    Obrigado pelo incentivo e por ler o blog.
    Este é um blog retrospectivo, estamos escrevendo nossas memórias. É uma forma de compartilhar e deixar documentado.
    Pena que o trabalho não está me deixando escrever na velocidade que desejamos.

    De fato as Dr's são valentes, o motorzão é barulhento mais muito robusto.

    Grande abraço,

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